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Como emagrecer rápido – O Mito das calorias

Para emagrecer rápido e definitivamente não funciona contar a quantidade de calorias. Mais importante que isso é controlar a qualidade do que você come!

Eu trabalho na área da saúde há mais de 20 anos e sempre ouvi algumas crenças serem propagadas como verdades tais como:

  • E emagrecimento é como se fosse uma conta bancária: se depositar mais do que gasta, você ficará com o saldo positivo. Se gastar mais do que ganha, você ficará com o saldo negativo. A velha e boa analogia que indica que você só emagrece se ingerir menos calorias do que consome. A tal balança energética negativa;

Como explicar para o cliente que ficava 1 hora na esteira e ao final lamentava: – “Mas todo este sacrifício para queimar 2 paçocas?

  • Ou só emagrece quem fecha a boca! Como se fosse fácil ficar sem comer durante dias ou comer pouquíssimas calorias por dia e sustentar isso por muito tempo;

Quem já experimentou dietas restritivas de calorias sabe da dificuldade e que depois que volta para a alimentação normal, a pessoa ganha mais peso do que antes da dieta.

  • Ou só emagrece se treinar muito! Como se o treino ou exercício físico fosse suficiente por si só para emagrecer. Sabemos a importância da atividade física em qualquer processo de emagrecimento, mas por mais que você treine muito, todos os dias, é uma conta que nunca vai fechar.

Eu particularmente considero a alimentação como responsável por pelo menos 70% do resultado de emagrecimento. Mas a atividade física é fundamental em todo o processo, pois além de trazer inúmeros benefícios para a saúde, para o corpo e para a mente, é considerada como um hábito angular e, por meio dela, outros hábitos saudáveis vão aparecendo como em um círculo virtuoso de saúde e bem estar.

Estas crenças e chavões do emagrecimento surgiram como consequência das variadas dietas propagadas pelos profissionais da nutrição e pela mídia em geral, que propõe um controle da quantidade de calorias como fator principal do emagrecimento.

E isso do meu ponto de vista verdadeiramente não funciona. Minha afirmação é contundente e está respaldada na ciência, nos estudos, na experiência própria aplicando em mim alguns conceitos e de maneira empírica, no acompanhamento dos resultados dos meus clientes.

E quero e devo aqui justificar a minha afirmação:

  1. O corpo humano é um sistema biológico integrado e não uma calculadora matemática! Isso significa que o corpo é um sistema que interage entre si o tempo todo, ora compensando alguma falta, ora inibindo alguma substância ou hormônio para ajustar algum sistema que esteja desajustado, ora provocando reações alérgicas em resposta à algum processo inflamatório, ora diminuindo o metabolismo como forma de preservação da espécie. Portanto, o organismo não pode ser entendido como algo exato no que diz respeito à sua alimentação, sem levarmos em consideração a individualidade fisiológica e biológica.
  2. A vida moderna não é estática ou totalmente planejável. Ao contrário, surpresas e imprevistos acontecem a toda hora de maneira que o almoço do dia não acontece porque uma reunião atrasou, ou você não jantou pois chegou tarde do trabalho, ou comeu um lanche rápido no carro enquanto ia para uma entrevista. Enfim, contar calorias e comer exatamente o que você planejou é uma tarefa complexa atualmente, mesmo porque hoje você almoça em casa, amanhã no buffet por quilo, no dia seguinte na churrascaria ou restaurante japonês.
  3. Vamos supor que fosse possível comer sempre no mesmo lugar ou levar marmita de casa e estar com a sua dieta em mãos sempre no momento das refeições. Como saber exatamente se o tamanho do bife de contra-filé tem 300 gramas e se nele contém a quantidade calórica exata de gordura e proteína recomendados? E se ao invés de contra-filé, você comesse um alcatra, picanha, maminha? Impossível ter a precisão além de ser um contra senso enorme querer ingerir diariamente a quantidade exata de calorias recomendada pra você,
  4. As dietas hipocalóricas são comprovadamente ineficientes pois a medida que o tempo vai passando, o seu metabolismo desacelera, pois entende que você está passando por um momento de privação, e numa tentativa de preservação da vida, faz com que você queime menos calorias do que deveria.
  5. E por fim, e como se não bastasse os 4 argumentos anteriores, este pra mim é o mais relevante e que causa o maior impacto nos resultados: a proveniência das calorias ingeridas. Você há de concordar comigo que 100 calorias do brócolis é diferente de 100 calorias do açúcar refinado, embora ambos contenham 100 calorias. A resposta hormonal, enzimática e inflamatória causada por estes 2 alimentos é totalmente diferente no organismo. As reações químicas causadas para metabolizar as mesmas 100 calorias destes 2 alimentos são inversamente proporcionais a curta e longo prazo. O brócolis te fornece uma quantidade de micronutrientes importantes tais como fibras e vitaminas. O açúcar é uma caloria vazia, sem benefícios para o corpo humano.

Portanto, imaginar que é possível emagrecer contando o número de calorias ingeridas durante as refeições é insanidade!

Por outro lado, emagrecer ou manter o peso corporal a partir da qualidade dos alimentos ingeridos me parece algo mais lógico, prático, factível, possível de se realizar, além de ter comprovação científica como acelerador do emagrecimento. Sobretudo, focar na qualidade dos alimentos facilita as escolhas alimentares diárias, tornando-as simples e eficazes, considerando toda a complexidade das infinitas combinações dos alimentos. E este fato é, sem dúvida, um fator de extrema relevância no processo do emagrecimento definitivo.

E para qualificarmos as nossas refeições, é necessário conhecer a ação e importância de 03 macronutrientes que nos orientam na formação de todo e qualquer prato: Carboidratos, Proteínas e Gorduras. Sabendo fazer escolhas coerentes e assertivas destes alimentos, podemos obter resultados incríveis no processo de eliminação ou manutenção do peso corporal.

Mas como diz um dos meus mentores: “Se fosse fácil, todo mundo faria!”

Porém, como vivemos na era digital, e hoje só não sabe alguma coisa quem não quer ou não procura, fica mais fácil descobrir informações fidedignas a respeito do que comemos e os efeitos sobre o nosso organismo.

Levando-se em consideração as recomendações das instituições governamentais de saúde mundiais por meio da pirâmide alimentar, deveríamos ter aproximadamente 60% da energia diária ingeridas através das refeições advindas dos carboidratos e grãos, 30% das proteínas e 10% das gorduras. A sociedade no mundo todo segue estas diretrizes há mais de 60 anos, mesmo período em que o aumento da obesidade no mundo vem aumentando linearmente década a década.

E qualquer fato ou informação apresentados neste texto não são mera coincidências.

Diversos estudos comprovam a influência negativa dos carboidratos na obesidade mundial e suas consequências nas diversas doenças crônico-degenerativas decorrentes do excesso de peso. Mesmo assim, ainda se consome muito carboidrato diariamente, seja em forma de massas em geral, pães, doces, bebidas adocicadas, refrigerantes e alimentos industrializados.

O carboidrato que vira açúcar no seu sangue é totalmente tóxico para o organismo. Portanto, quando os níveis de glicose estão altos, imediatamente o pâncreas secreta o hormônio insulina para retirar esta substância da corrente sanguínea. Uma parte desta glicose é armazenada no fígado, outro parte é armazenada no músculo em forma de glicogênio e o restante transforma-se em gordura.

Toda vez que a insulina estiver alta por conta do excesso de açúcar no sangue, acontecem 2 fenômenos fundamentais e que interferem diretamente no processo de emagrecimento: acúmulo de gordura e dificuldade do organismo utilizar outras fontes de energia como a proteína e a gordura.

Este processo ocorrendo seguidas vezes por dias, meses e anos, causa além da obesidade, diabetes tipo II e doença hepática não alcóolica, ou seja, excesso de gordura no fígado. Esta doença era muito comum no passado para pessoas que consumiam muitas bebidas alcóolicas em excesso, a chamada cirrose hepática. No entanto, hoje por causa do açúcar, é muito mais comum as pessoas desenvolverem doenças hepáticas causadas pelo excesso de gordura no fígado decorrentes do açúcar. É uma doença que não existia há 50 anos atrás quando não se consumia tanto carboidrato como ocorre atualmente.

Sabe-se que até as células cancerígenas se alimentam do açúcar.

O corpo humano precisa de nutrientes que vem dos alimentos que são chamados nutrientes essenciais. Existem as gorduras essenciais como o ácido graxo e o Ômega 3 por exemplo, encontrados nos peixes, frutos do mar, abacate, nozes, castanhas, azeite de oliva, que são importantes para o fornecimento de energia, aumento no metabolismo, crescimento celular, transporte de oxigênio, regulação hormonal, dentre outros. Existem os aminoácidos essenciais originados das proteínas animal como carnes em geral e ovos como a valina, leucina, isoleucina, tirosina, triptofano, etc, fundamentais para a construção muscular.

E você já ouviu falar alguma vez sobre carboidratos essenciais?

Portanto, todas as farinhas de diferentes  origens, que são a matéria prima fundamental em diversos alimentos industrializados estão por trás de boa parte das doenças que acometem a humanidade e que fazem milhões de vítimas anualmente.

E o açúcar, em forma de carboidrato, é o grande vilão e o maior responsável pelo aumento de peso e por impedir que você tenha bons resultados no seu processo de emagrecimento.

Vi há um tempo atrás uma pesquisa que mostrava de que forma o ser humano consome açúcar:

16% vem das sobremesas e doces;

37% vem das bebidas adoçadas (refrigerantes, sucos, chás, bebidas esportivas);

43% dos pães, massas, arroz e produtos industrializados mascarados com o rótulo de saudáveis ou integrais.

E o que observamos em qualquer pessoa que está tentando perder peso é o sofrimento de tentar diminuir o doce, o sorvete, a trufa que muitas vezes é consumida somente no final de semana sem os resultados esperados, enquanto o consumo de carboidratos diários através de tudo o que não é considerado doce ou sobremesa, segue em alta e sem controle algum.

Por isso que boa parte das pessoas não consegue emagrecer, pois estão atacando o inimigo errado. E não tem nada pior do que você combater um inimigo que você não conhece!

O que tenho visto diariamente em todas as dietas tradicionais é que evitemos a todo custo a gordura, principalmente a gordura animal como o grande inimigo da saúde do homem moderno, e no entanto, o carboidrato em forma de grãos integrais ou farinha segue lindo, leve e solto como se nada tivesse a ver com a história.

Hoje sabemos que a gordura animal, que está naturalmente nos ovos, carnes e peixes não faz tanto mal como se imaginava. E que combinado com uma boa porção de saladas, folhas e legumes tornam as refeições muito mais nutritivas e saudáveis.

Quando fazemos uma refeição predominantemente com proteínas, legumes e verduras, além de estimularmos a queima da gordura, ficamos saciados por mais tempo, fazemos menos refeições diárias, sentimos menos fome pois quem estimula a vontade de comer toda hora é o açúcar, e naturalmente ingerimos menos calorias. Consequentemente, teremos um terreno propício para a queima de gordura e para o emagrecimento.

Quero ressaltar que uma dieta low carb não significa que você tenha que aumentar consideravelmente a ingestão de proteínas como muitos sugerem ou imaginam. Deve-se aumentar a ingestão de vitaminas, fibras e demais nutrientes saudáveis para o corpo e que estão presentes nas folhas e nos legumes.

Porém o mito do carboidrato ainda toma conta das refeições da maioria da população, sendo consumidos em forma de sucos, leites, pães integrais e aveias, massas em geral como algo saudável e nutritivo, ignorando-se as reações químicas que envenenam o seu organismo.

Dessa forma, o resultado do seu emagrecimento não está na quantidade de calorias consumidas diariamente nem tampouco na diminuição da quantidade do que você come ou no fato de você fechar a boca.

O resultado está na qualidade dos alimentos que você escolhe e que fazem parte do seu prato em cada refeição do dia. E nesta escolha, faz muita diferença você diminuir a ingestão de carboidratos em suas diferentes formas para permitir que o seu organismo utilize a gordura como fonte de energia e não acumule gordura o tempo todo através da produção incansável de insulina.

Experimente diminuir o carboidrato da sua alimentação por 15 dias e veja a diferença que faz no seu peso corporal. Veja, não estou pedindo pra você eliminar o carboidrato da sua alimentação (algo que seria ótimo para a sua saúde mas de difícil manutenção), mas diminua consideravelmente das refeições principais e sinta como o corpo vai se adaptando aos poucos, queimando mais gordura, regulando a sua fome e os níveis de saciedade que não existiam mais.

Isso tudo combinado com o exercício físico regular de alta intensidade, vai transformar o seu corpo em uma máquina de queimar gordura e trazer a felicidade e o prazer de volta para a sua vida.